Wednesday, September 30, 2009
Tuesday, September 29, 2009
God save the Flag
Muita gente considera essa como sendo a "bandeira da Inglaterra" quando na verdade a Union Flag, como já diz o nome, representa todo o Reino Unido (incuindo Escócia, Irlanda do Norte, Gales e a Inglaterra propriamente dita). A verdadeira bandeira da Inglaterra é bastante sem graça. Também é comum chamar a Union Flag de "Union Jack", mas esse nome só é plenamente correto se a bandeira estiver hasteada num navio.
Pelo visto a bandeira está na moda; para onde quer que o ser humano olhe, encontra a dita cuja em forma de bolsa, camisa, jaqueta, almofada, quadro, geladeira, caneca e até assento sanitário.
Ontem comprei duas bolsas na New Look; essa à esquerda é bem espaçosa e cheia de bolsos internos e externos, boa pra bater perna por aí; e a pequenina à direita só cabe dinheiro, chaves e celular, e por isso mesmo perfeita para dançar. Vou tirar essa alça e substituir por uma correntinha.
E essa bolsa de maquiagem é da Accessorize:
Agora estou tentando fazer uma almofada, por isso fui buscar inspiração pela internet:
by dotcom gift shop and karen hilton.
by designer cushions
by hen house and V for Violet.
by hen house and angel lifestyle.
all by vintage home.
by jane hornsby and letter fest.
by the rug company.
Se eu conseguir um resultado minimamente decente, mostro aqui. :)
Thursday, September 24, 2009
Back home.
I'm back. :) Viagem foi legal, mas corrida e cansativa; não fiz quase nada do que pretendia, como sempre, mas revi minhas amigas, me entupi de doces na Selfridges, assisti Dorian Gray no Odeon (ficando caro ver filmes lá, mas é sempre uma experiência memorável, com direito a ser acompanhada até a sua poltrona por um lanterninha com sotaque britânico) e voltei para casa com quilos de esmaltes baratinhos comprados em Camden, um passaporte novo e uma diaba meiga chamada Demonique na mala.
Durante a primeira metade da estadia, ficamos no apartamento de um amigo do Respectivo, na antiga área de docas. O porto de Londres era um dos mais importantes e movimentados do mundo, até que nos anos 60/70 os navios começaram a ficar maiores (por causa da popularização do uso contâiners) e o porto acabou ficando pequeno demais para a demanda - sem contar que o pessoal não queria trabalhar com contâiners fechados, porque assim não conseguiam roubar as mercadorias... Sério, eles consideravam isso como um "benefício da carreira". O porto acabou sendo desativado; pobreza e violência foram as consequências naturais do desemprego que se instalou na área. Atualmente as docas vêm passando por uma grande mudança estrutural, os antigos galpões se transformando em escritórios e apartamentos de luxo, atraindo o pessoal que trabalha no centro financeiro da cidadeali perto .
Essa foi a vista que eu tive por alguns dias:


E, do outro lado, sunset over Canary Wharf (foto by Respectivo):











Durante a primeira metade da estadia, ficamos no apartamento de um amigo do Respectivo, na antiga área de docas. O porto de Londres era um dos mais importantes e movimentados do mundo, até que nos anos 60/70 os navios começaram a ficar maiores (por causa da popularização do uso contâiners) e o porto acabou ficando pequeno demais para a demanda - sem contar que o pessoal não queria trabalhar com contâiners fechados, porque assim não conseguiam roubar as mercadorias... Sério, eles consideravam isso como um "benefício da carreira". O porto acabou sendo desativado; pobreza e violência foram as consequências naturais do desemprego que se instalou na área. Atualmente as docas vêm passando por uma grande mudança estrutural, os antigos galpões se transformando em escritórios e apartamentos de luxo, atraindo o pessoal que trabalha no centro financeiro da cidadeali perto .
Essa foi a vista que eu tive por alguns dias:
E, do outro lado, sunset over Canary Wharf (foto by Respectivo):
Tuesday, September 08, 2009
Itália, ano passado.
O casal que vos escreve passava férias de verão na Sicília, aquele lugar mágico, cuja orla de um azul incrivelmente saturado é cercada por condomínios de luxo e hotéis cobrando diárias de mil euros, impossibilitando que locais e turistas pobres (oi!) tenham acesso ao mar. Ainda bem que eu não gosto de praia e fui pra lá com o único objetivo de comer até explodir. E fui bem sucedida; perdi 50% do meu guarda roupa ao chegar de viagem.
Largamos o carro alugado num estacionamento em Taormina e fomos bater perna, comer coisas gostosas, comprar artesanato (o que coubesse na mala e no bolso) e fazer fotos. Na volta, o papel esticado no pára-brisa avisava que havíamos excedido o limite de horas permitido (onde esse tal limite estava afixado, não encontramos) e por isso estávamos sendo multados; favor pagar até o dia XX na delegacia da região XX de Taormina, grato.
Problemas: estávamos indo embora de Taormina no dia seguinte. Hotel reservado e tudo. Já começava a escurecer e encarei o prognóstico de me enfiar no carro e ir procurar o endereço da tal delegacia (não constava na multa) e depois tentar encontrá-la; admito que idéia de ir caçar uma delegacia na Sicília àquela hora não me pareceu convidativa. Enfiei a multa na bolsa para guardar de recuerdo e Respectivo riu: "Ok, a gente paga SE eles nos encontrarem!"
Bom, hoje a multa chegou na nossa casa. Mais de um ano depois.
Entrega especial, com assinatura requerida ao destinatário. A multa em si apenas oito euros. A cobrança, no entanto, era de quase 37 - atraso no pagamento, taxas de envio, etcétera. Sinceramente? Custou a eles bem mais do que isso descobrir nosso paradeiro e enviar a carta. Nota 10 em esforço investigativo, zero em custo-benefício.
Mas essa eu pago, né? Caso contrário eles mandam a máfia em peso atrás de mim se eu um dia voltar a pôr meus Loubotins na Sicília.
(by the way, não tenho Loubotins; gasto meu dinheiro pagando multas de trânsito hiperfaturadas)
Lembro que voltei da Sicília um pouco chateada (por vários fatores, incluindo cidades que pareciam estar apodrecendo a olhos vistos) a ponto de gastar metade de um batom da MAC rabiscando um xingamento na parede de um banheiro em Siracusa - shame on me. Mas o fato é que a Sicília é um lugar meio surreal que precisa de tempo para ser digerido e compreendido. E no fim das contas, as muitas pequenas coisas legais se sobrepõe em número e em impacto às poucas coisas ruins. E são essas pequenas coisas que me fazem querer retornar um dia, mais sábia para evitar as roubadas e mais paciente com o ritmo desacelerado da vida dessas pessoas tão orgulhosas da sua cultura.
O que me faz lembrar imediatamente do pequeno restaurante italiano em Londres, que tem sorte de contar com uma excelente cozinha, ótimo vinho e um garçom que, ao ser perguntado se era italiano, ergueu o nariz levemente indignado e respondeu, na lata: "no, madam - i'm sicilian".



















Largamos o carro alugado num estacionamento em Taormina e fomos bater perna, comer coisas gostosas, comprar artesanato (o que coubesse na mala e no bolso) e fazer fotos. Na volta, o papel esticado no pára-brisa avisava que havíamos excedido o limite de horas permitido (onde esse tal limite estava afixado, não encontramos) e por isso estávamos sendo multados; favor pagar até o dia XX na delegacia da região XX de Taormina, grato.
Problemas: estávamos indo embora de Taormina no dia seguinte. Hotel reservado e tudo. Já começava a escurecer e encarei o prognóstico de me enfiar no carro e ir procurar o endereço da tal delegacia (não constava na multa) e depois tentar encontrá-la; admito que idéia de ir caçar uma delegacia na Sicília àquela hora não me pareceu convidativa. Enfiei a multa na bolsa para guardar de recuerdo e Respectivo riu: "Ok, a gente paga SE eles nos encontrarem!"
Bom, hoje a multa chegou na nossa casa. Mais de um ano depois.
Entrega especial, com assinatura requerida ao destinatário. A multa em si apenas oito euros. A cobrança, no entanto, era de quase 37 - atraso no pagamento, taxas de envio, etcétera. Sinceramente? Custou a eles bem mais do que isso descobrir nosso paradeiro e enviar a carta. Nota 10 em esforço investigativo, zero em custo-benefício.
Mas essa eu pago, né? Caso contrário eles mandam a máfia em peso atrás de mim se eu um dia voltar a pôr meus Loubotins na Sicília.
(by the way, não tenho Loubotins; gasto meu dinheiro pagando multas de trânsito hiperfaturadas)
Lembro que voltei da Sicília um pouco chateada (por vários fatores, incluindo cidades que pareciam estar apodrecendo a olhos vistos) a ponto de gastar metade de um batom da MAC rabiscando um xingamento na parede de um banheiro em Siracusa - shame on me. Mas o fato é que a Sicília é um lugar meio surreal que precisa de tempo para ser digerido e compreendido. E no fim das contas, as muitas pequenas coisas legais se sobrepõe em número e em impacto às poucas coisas ruins. E são essas pequenas coisas que me fazem querer retornar um dia, mais sábia para evitar as roubadas e mais paciente com o ritmo desacelerado da vida dessas pessoas tão orgulhosas da sua cultura.
O que me faz lembrar imediatamente do pequeno restaurante italiano em Londres, que tem sorte de contar com uma excelente cozinha, ótimo vinho e um garçom que, ao ser perguntado se era italiano, ergueu o nariz levemente indignado e respondeu, na lata: "no, madam - i'm sicilian".
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